Doenças

Sistema Endócrino e Neoplasias

Introdução

           

O sistema endócrino é responsável pela produção e secreção de substâncias químicas indispensáveis a homeostase do corpo humano, os hormônios.  Os hormônios são substâncias biossinalizadoras para órgãos específicos, que são disponibilizados para o resto do corpo por via sanguínea, e atuam por meio da ligação com receptores presentes na superfície das células dos órgãos ou tecidos em que atuam. Ou seja, são compostos que interagem com o resto do corpo regulando a função de determinados órgãos, (como por exemplo, os hormônios estrógenos e progestágenos agindo sobre o sistema reprodutor feminino na regulação do ciclo menstrual).

Os componentes do sistema endócrino são os órgãos e tecidos glandulares produtores de hormônios, como o hipotálamo, a hipófise, a tireoide, o pâncreas, as glândulas suprarrenais, os ovários e testículos e o tecido adiposo.

A regulação de produção e secreção desses hormônios pelos respectivos órgãos é controlada pelo chamado mecanismo de feedback. O mecanismo de feedback responde por meio de um equilíbrio dinâmico, em que “o efeito controla a causa”. No caso do sistema endócrino, o mecanismo regulatório é o de feedback negativo, onde um estímulo desencadeia uma resposta contrária, a fim de reestabelecer o equilíbrio do sistema. Por exemplo, se um determinado hormônio se apresenta com concentração sanguínea aumentada (estímulo), o órgão responsável pela produção desse hormônio reduzirá a produção e secreção do mesmo (resposta contrária), a fim de reestabelecer sua concentração sanguínea normal. A mesma lógica vale para a situação em que o hormônio está em falta no sangue, levando ao órgão aumentar a produção hormonal.

Tumores malignos do sistema endócrino

 Neoplasias da tireoide 

         As neoplasias da tireoide, apesar de serem relativamente incomuns (1,5% de todos os canceres), possuem importância clínica visto que, por sua manifestação mais comum ser o aparecimento de massas ou nódulos palpáveis na região cervical, estes passam a ser indistinguíveis de patologias benignas da tireoide que se apresentam também na forma de massas ou nódulos (como as tireoidites, os bócios multinodulares, cistos benignos ou os adenomas foliculares).