A função básica do sistema respiratório é realizar a troca de gases com o ar ambiente. Através da inspiração fornece ao corpo o oxigênio, que funciona como energia para a manutenção da vida. Já pela expiração é eliminado o gás carbônico, que, se não fosse expirado, seria altamente prejudicial ao organismo.
Para que este processo ocorra, o ar que entra pelas narinas segue um trajeto composto por várias estruturas até chegar nos pulmões: narinas -> cavidades nasais -> faringe-> laringe -> traqueia -> brônquios -> bronquíolos -> pulmões. Ao longo deste caminho, o ar sofre modificações para que a troca de gases aconteça de maneira mais segura e efetiva.
Já na cavidade nasal, encontramos a primeira barreira de proteção, os pelos nasais, os quais filtram grande quantidade de partículas inaladas. Além disso, o nariz é capaz de exercer uma função especializada, a olfação.
Através da comunicação com a faringe, o ar já filtrado, umedecido e aquecido pode seguir o seu caminho. A faringe é um tubo que se estende pelo pescoço e que tem função tanto pelo sistema respiratório, quanto pelo digestório. Comunica-se em sua porção mais inferior com a laringe e também com o esôfago.
Na laringe, a passagem do ar pelas cordas vocais é responsável pela produção da voz. Além disso, possui uma estrutura cartilaginosa que se chama epiglote, a qual funciona como uma porta que se fecha aos alimentos, para eles que sejam desviados das vias respiratórias em direção ao esôfago.
A traqueia é um tubo reforçado de aproximadamente 12cm que se inicia logo após a laringe, ainda no pescoço, e termina se dividindo em dois brônquios, já dentro do tórax. Também funciona como barreira aos componentes inalados através de cílios e da produção de muco.
Os brônquios direito e esquerdo se ramificam em bronquíolos cada vez menores até chegarem nos alvéolos pulmonares. Os alvéolos são minúsculos sacos de ar que compõem os pulmões. São envolvidos por capilares sanguíneos, vasos de tamanho diminuto que permitem a troca de oxigênio e gás carbônico nesta estrutura.
Os pulmões são órgãos esponjosos responsáveis pela função básica da respiração através dos alvéolos, encontram-se apoiados no diafragma, músculo que separa o tórax e abdome e está relacionado aos movimentos respiratórios.
O câncer de pulmão é um câncer comum e com alta taxa de mortalidade. É o câncer responsável pelo maior número de mortes em todo o mundo. No Brasil, a sua ocorrência aumenta em 2% a cada ano. Sendo que na região Sul, em que se localiza a cidade de Ponta Grossa, é o terceiro tipo de câncer mais comum entre os homens.
Por ser um órgão altamente vascularizado, o câncer localizado no pulmão pode também ser secundário, isto é, decorrente de um câncer que se iniciou em outro órgão e se espalhou, neste caso os mais comuns são os de intestino grosso, mama, bexiga e testículo.
Quando originado primariamente no pulmão, os locais mais comuns de serem afetados por metástase são os linfonodos mediastinais (localizados no espaço entre os pulmões), cérebro, fígado, ossos e glândulas adrenais.
Podem ser de diferentes tipos, e são classificados em dois grandes grupos de acordo com as células envolvidas: Carcinoma de não pequenas células - mais comuns (80%) - e carcinoma de pequenas células – menos comuns (20%), crescimento rápido e agressivo.
O principal fator de risco é o tabagismo! Estima-se que a chance de um tabagista desenvolver câncer de pulmão seja 20 a 30x maior do que um não fumante. No entanto, também ocorrem nestes indivíduos. Outros fatores de risco incluem o tabagismo passivo, exposição ao asbesto, história familiar de câncer de pulmão e de algumas doenças prévias, como DPOC e tuberculose, pouca ingestão de frutas e verduras e exposição prévia à radiação.
Durante o começo da doença os sintomas podem passar despercebidos, serem confundidos com quadros gripais ou até mesmo serem inexistentes. Com a evolução do câncer, observa-se: tosse persistente geralmente seca ou mudança das características da tosse em fumantes, dor torácica relacionada ou não a respiração, falta de ar, tosse com sangue, rouquidão, perda de peso e apetite sem causa aparente.
Caso os sintomas sejam observados, deve-se buscar o atendimento médico. E lembre-se, prevenir ainda é a melhor saída!